em que pé estou II
2021 foi um ano ardido: difícil, doloroso e importante. Sinto que me tornei adulta em 2021, que o que me restava daquela inocência de criança foi embora.
Em 2020 fui obrigada a mergulhar bem fundo dentro de mim e 2021 me arrancou de mim mesma, me tirou do meu casulo - tecido com tanto cuidado e dedicação - e me fez olhar pra fora. Foi o ano do externo, de tudo que existe para além de mim e que me afeta diariamente. Me puxou das profundezas de mim até que eu chegasse, de novo, na superfície de tudo. E agora tenho uma nova perspectiva, uma nova visão.
Enxergo tudo com mais clareza e me sinto mais preparada para o mundo, para a vida. Para ser artista e tudo que isso significa. Me sinto mais próxima de encontrar o tão necessário equilíbrio entre o dentro e o fora.
2021 me deu as ferramentas e o conhecimento que preciso para construir o futuro que eu quero, que eu sonho. Inclusive, recentemente tenho reaprendido a sonhar e isso me dá forças.
Numa conversa com um amigo, comparei esse momento a ter as peças de um quebra-cabeça separadas, prontas para a montagem e acho que é por aí mesmo.
Estou pronta para 2022.
Como sempre, com carinho,
Lorenza
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