pensamentos sobre o Grupo Corpo

Me apresentar o Grupo Corpo foi uma das maiores contribuições da minha madrasta na minha vida. Tive a oportunidade de assisti-los ao vivo duas vezes e foi estarrecedor: me impressiona muito a qualidade de todos os espetáculos, a originalidade e, principalmente, a unidade do grupo e a brasilidade que transpassa todos os aspectos das produções. 

No começo da pandemia, eles disponibilizaram muitos dos espetáculos pelo Vimeo e pude assistir quase todos. Compartilho aqui duas reflexões daquela época:

"Paulo Pederneiras, diretor artístico do Grupo Corpo, dizendo que nunca foi muita coisa na vida por falta de disciplina é de fazer rir. 

Tenho assistido muito aos espetáculos liberados online, visto vídeos do YouTube e da Ocupação dos 40 anos do Grupo Corpo no Itaú Cultural - queria ter ido a essa exposição. Paulo diz também que estudou de tudo um pouco mas que não sabe fazer nada e que depende muito dos outros. Me identifiquei bastante*.

Nesse tempo de quarentena, tenho descoberto o lado rico da internet e do Youtube: ótima ferramenta de estudo."

*Não me sinto mais assim, dependente dos outros como me sentia fazendo cinema e direção de arte. Meu trabalho como artista visual me trouxe muita liberdade.

"Ando completamente fascinada pelo Grupo Corpo. Tem me feito lembrar o porquê da arte. Dança Sinfônica me faz querer chorar, gritar, amar, viver. Faz lembrar tudo aquilo que é bom, que inspira, o propósito. Me faz lembrar de momentos e pessoas que agora só vivem em mim, me faz lembrar de mim. Enquanto arte puramente arte, enquanto arte para estudo e crescimento é fascinante. A unidade do grupo é linda, seus processos. Mesmo os espetáculos que não amei passo a amar depois de conhecer os porquês. Tudo ali me ensina. Assistir Dança Sinfônica com a minha irmã me encantou, ela esteve atenta e fez comentários perspicazes: ficamos de olho se em algum momento o palco fica vazio e nos questionamos se tem namorados entre os bailarinos - ela achou que é preciso ser namorado pra ficar assim com o corpo tão junto. Até peguei a caneta para escrever sobre isso*". - 21/04/2020

* Vinha escrevendo à lápis, mas certas coisas marcam tanto que precisam de uma caneta. 






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