Para Além do Ato
"fiz esse vídeo há uns meses, logo depois de ter terminado, enquanto me debatia pra entender o que sou eu e o que é o mundo que eu vejo depois desse término. hoje as coisas estão mais claras, mas volto a esse vídeo pra refletir, pra equilibrar ação e contemplação, abstrato e concreto. pra ir procurando, nadando sem mais me debater."
Foi com essa legenda que publiquei a videoarte, talvez a mais profunda e complexa que fiz até agora, meses depois de tê-la feito. Ela nasceu de conversas que tive com um amigo sobre a virtualidade das coisas - que nesse momento parece cada vez maior -, a abstração, a dialética, a impermanência. Vinha pensando muito saudade e sobre falta e quando soube que havia um edital da Funarte acontecendo, decidi fazer um vídeo.
"Quero falar sobre saudade, sobre o lugar de afeto, aconchego e intimidade de um relacionamento, sobre como esse lugar é simbólico e difícil de ser descrito, sobre como ele é preciso e impreciso ao mesmo tempo e sobre como ele não existe a não ser naqueles momentos. Pretendo expor isso através de um texto e de imagens imateriais, virtuais no mundo real, físico. Quero trabalhar a virtualidade no mundo real, representar a transposição do mundo das ideias no mundo tangível. Como isso pode ser preciso e pode ser fugaz, como isso depende do momento, do ângulo, do presente para existir. Mais que liquidez no sólido, gasoso no sólido". Fiz também uma lista de objetos a serem gravados.
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